sexta-feira, setembro 29, 2006

Irmãs

Uma enorme dor de cabeça era sua companhia há vários dias.
Desde cedo conhecera a mão cruel da vida, a irmã mais velha fora violada e morta, os pais, esses, ela nunca vira, restava-lhe apenas a irmãzita mais nova.
Atirou o copo contra a parede, pintou os lábios e saiu, afinal era a vida que tinha, já tinha tentado fugir-lhe mas ela sabia bem, não se pode escapar de um berço arruinado, pode-se fingir por um pouco, tentar esquecer, mas lá no fundo continuamos a ser lixo como se tivéssemos uma doença sem cura.
Eram onze da noite, Flora deslizava por um passeio sujo trocando olhares com todos. O seu andar rebolado chamava atenção, ela era apenas pernas…
Parou um carro, um homem bonito com uma camisa um pouco desabotoada espreitou.
Ela aproximou-se, sorriu, e contrariamente ao seu comportamento habitual entrou antes de perguntar o que quer que fosse.
Ele engolia-a com os olhos, nervoso, parecia escolher palavras.
Flora, tranquila, saboreava o momento, inclinou-se para ele, trincou-lhe a orelha permitindo-lhe observar umas maminhas pequeninas.
Ele ia falar mas ela beijou-o imediatamente, introduziu a sua língua bem fundo, propositadamente fez durar aquele beijo. Ele era lindo…
Em seguida, sem querer, viu o seu reflexo no espelho retrovisor. Viu uma miúda demasiado pintada, uns olhos demasiado tristes, um cabelo demasiado vulgar…
Empurrou o rapaz, bateu com a porta e saiu!
Entrou em casa a correr, a sua colega de quarto chupava um gasto quarentão no sofá da sala, passou por eles com a maior das naturalidades entrando no seu quarto.
Podia agora ouvir a sua colega representar o teatro de sempre, o gordo seboso penetrava aquela miúda de vinte anos pensando que a enchia de prazer, como são ridículos os homens!
Despiu-se, tomou banho, estava agora nua frente ao espelho, contemplava-se.
Era bela, ela sabia-o tão bem…
Entrou na sala, rapidamente aquele homem asqueroso olhou para ela deslumbrado, Flora avançou como numa passerelle, de frente para ele abriu as pernas e sentou-se rapidamente, com a mão direita introduziu aquele membro meio mole na sua gruta ainda seca.
Em seguida beijou a sua amiga que procurava enroscar-se neles.
Começaram uma dança a três, o homem gemia de prazer, estava totalmente fora de si, não queria acreditar no que lhe estava acontecer…
Não demorou muito para que aquele corpo flácido rebenta-se numa fraca ejaculação de prazer.
Os pássaros pararam de cantar lá fora, por momentos pareceu não haver pessoas na rua, o mundo parecia ter congelado por um milésimo de segundo.
Em menos de nada um pequeno punhal perfurou um pescoço, em menos de nada duas jovens loiras e belas ficaram respingadas de sangue, em menos de nada um corpo gordo inerte caiu no chão.
Em menos de nada uma violação foi vingada, em menos de nada duas mulheres que se conheciam desde sempre poderiam dormir em paz.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Desabafo

Jamais queiras ser totalmente feliz, jamais te aches corajoso, jamais te consideres totalmente tranquilo.
Procura a clara noção da tua tristeza, e serás feliz.
Repara bem, como és fraco e medroso, e a coragem sempre dançará em ti.
Observa o turbilhão que vai no teu peito, e serás sempre um homem tranquilo.

terça-feira, setembro 26, 2006

Janeiro.

Saiu de casa, o cabelo totalmente desgrenhado. Os olhos raiados de sangue choravam, choravam muito. Ele era personificação do descontrole.
Bateu com a porta, saiu para o passeio, atirou-se para o chão, chorava agora compulsivamente.
A dor que o tinha inundado minutos antes, ruborizava-lhe a face, e principalmente encolerizava-lhe a alma, tinha de se vingar, tinha de ser…
Colocou-se de joelhos, gritava estridentemente, um berro alto e seco espantava todos!
Berrava como louco, um berro descontrolado que não esboçava qualquer palavra.
Aos poucos aquele comportamento ia silenciando a rua. Pessoas estáticas observavam petrificadas.
Começou a bater com as mãos, violentamente, na poça de água, cada vez gritava com mais força!
Então levantou-se, começou andar tranquilamente, já não era a mesma pessoa, nunca mais voltaria a ser.
Naqueles cinco minutos tinha envelhecido, tinha envelhecido nem muito nem pouco, apenas o suficiente para aquele rosto que outrora fora de jovem, hoje ser dum homem maduro, muito maduro.
Cinco minutos, não mais, tinham-lhe roubado o pouco de criança que habitava nele, e com isso o seu impulso de viver, a sua alegria, o seu amor-próprio…
Acordou eram sete da manhã.
Vestiu o seu melhor fato, tinha vários. Os seus imaculados sapatos pretos brilhavam, descia tranquilamente as escadas.
Chovia, chovia intensamente. Apanhou um táxi.
Passado quinze minutos, já entrava suavemente na pastelaria. A sua cara não esboçava qualquer expressão, o seu amigo ao vê-lo sorriu, estendeu-lhe a mão.
A pistola já estava preparada, numa fracção de segundo, uma bala que libertava um pequeno silvo, penetrava o crânio daquele homem que comia tranquilamente.
Saiu a correr, todos na pastelaria, em pânico, mal respiravam…
Apanhou outro táxi.
Chegou ao escritório da mulher, iam fazer uma ano de casamento lá para o verão.
Abriu a porta de repente, ela levantou a cabeça da secretária, não conseguiu ler nada no seu rosto. A pistola em menos de nada apontou!
O cérebro mandou atirar, o indicador não se mexeu.
Ele olhava fixamente aqueles belos olhos azuis, chorava agora de raiva, ajoelhou-se.
A arma ainda apontada, mas o indicador não se mexeu, claramente não se ia mexer.
Atirou a arma contra a parede, gritou, gritou muito, batendo com as mãos no chão…

sábado, setembro 23, 2006

“ O artista é o criador de coisas belas. Revelar a arte e ocultar o artista é o objectivo da arte.”

“Nenhum artista tem simpatias éticas. Uma simpatia ética num artista é um imperdoável maneirismo de estilo.”

“A diversidade de opiniões sobre uma obra de arte mostra que a obra é nova, complexa e vital. Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.”


Oscar Wilde.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Filha.

A água está tão fria!
O seu pé pequeno e delicado mergulhou, atrás dele um corpo de criança entrou também, inundou tudo, inundou todo o meu pensamento.
És minha flor disse-lhe de imediato, inundas-me de felicidade.
Atirou-me o seu olhar mais atrevido, dançou para mim, mergulhou para mim.
Enquanto dançava naquela água tão azul, pássaro diversos voavam sobre ela, cantava uma pequena melodia.
Como era bela, como era perfeita!
Senti-me pequeno, senti-me esmagado, aquela pessoa é a minha vida, pensei…
Como é possível…
Deixei de ser dono de mim, já não sou eu que estou ao leme do meu barco, amo-a, é tudo para mim, sinto-o tão forte, tão verdadeiro…
Enchi os pulmões de ar e gritei.
Não vou permitir que chores jamais, jamais verás os podres da vida, o teu mundo será sempre perfeito, vais ser sempre feliz, imensamente feliz, a mais feliz!
- Amo-te papá.
Chorei, chorei de enorme alegria!
Queria esquecer, mas sabia-o bem, a minha princesa não era diferente, iria sofrer ao longo da vida, como todos nós…
Não o consigo imaginar!

terça-feira, setembro 19, 2006

Júlia

Tinha um olho de vidro, pude vê-lo mal a cumprimentei. Procurei disfarçar o meu espanto, ela era deslumbrante, mesmo naquela sala vermelha, com vários sofás de cabedal negro, ela era deslumbrante!
Vestia apenas uma camisa de dormir, já um tanto rota. Por baixo distinguia-se facilmente um peito redondo e farto.
Tinha um ar tão sujo, peguei-lhe na mão e beijei-lhe os dedos.
Olhei a minha volta, que nojo! Gente imunda, agarrava-se a mulheres também imundas, o ar estava carregado de uma lascívia que contaminava todos.
Duas mulheres gordas ocupavam o sofá do fundo, fumavam observando a clientela, mostravam orgulhosamente, grandes seios já descaídos.
È claro que todos reparavam em mim, o meu fato de fino corte não se encaixava no contexto, aliás, eu não me encaixava no contexto.
Júlia olhava para mim com ternura, tinha as pernas cruzadas, duas pernas longas e pálidas, que quase tocavam as minhas.
Nos seus 42 anos, Júlia era uma mulher cansada, de olhar triste, muito triste!
Tinham passado 27 anos, desde a última vês que tínhamos estado juntos. Ela não me reconhecia, claro que não, eu era um miúdo naquela altura. Eu nunca me esqueci dela, era tão bela.
Desde esse dia, corri que nem louco, trabalhei que nem escravo, juntei dinheiro com avareza.
Enganei, roubei, mas nunca matei! Negociei todo o tipo de mercadoria, lidei com todo o tipo de porcaria, não ganhei amor a ninguém, apenas lutei e principalmente suei.
Suei que nem louco!
Primeiro ganhei respeito, e depois chegou o dinheiro, muito dinheiro!
Hoje estou aqui, finalmente estou aqui!
Tinha um ar tão sujo, peguei-lhe na mão e beijei-lhe os dedos.
Mãe estou aqui!
Inevitavelmente comecei a chorar, sabia que ia ser assim.
Amo-te tanto, hoje tudo muda para ti, sou o teu filho, lutei contra os ódios do mundo, fiz-me pedra para te salvar, vamos viver juntos o tempo que nos resta, torna-me humano outra vez.

segunda-feira, setembro 18, 2006

A única desculpa que merece quem faz uma coisa inútil é admira-la intensamente.

Oscar Wilde.

sexta-feira, setembro 15, 2006

...

E assim sou triste, sou a puta da tristeza, mas não me justifico, nem aceito conselhos, pois eu domino!
Não quero as tuas lágrimas, pois eu sou melhor, eu sou vida! Hoje em mi corre fel, corre uma amargura no meu sangue, que contamina e destrói.
Mas eu sou vida! E vou renascer, porque tu não mereces uma lágrima minha, porque tu…, porque tu….
Como te amo, faltam-me as palavras porque te amo, mas sabes que vais morrer dentro de mim, eu sei bem que tu sabes e tens medo.
Tu não me amas, isso, ambos sabemos, mas essa tua vaidade, essa tua vaidade que te possui, que faz de ti um monstro, não me quer perder!
Claro que não quer! Porque essa tua parte negra quer passear-me na rua, ser minha dona, fazer de mim decoração.
Mas tu sabes que eu não sou decoração, eu sou vida!
Corre em mim uma força que conheces, invejas e temes.
Hoje, amanha e depois serei lama, serei farrapo, serei álcool, serei muito álcool.
Mas depois vou acordar, e por entre uma dor de cabeça e um estômago embrulhado, vou ouvir uma voz que diz, ÈS VIDA!
Pois sou.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Praia.

Uma gota de suor caiu.
Caiu corpo abaixo, mergulhando no umbigo.
Mergulha em mim amor, sou mar tu és rio.
Sou flor, colhe-me ardentemente.
Sou covil, és serpente.
Misturamos especiarias, bebemos iguarias.
Somos tribais, acasalamos como animais.
Um pouco de sangue, talvez fosse vinho.
Como me perco, serei louca? Talvez.
Abraça-me agora com carinho.
É para ti a minha primeira vez…

quarta-feira, setembro 13, 2006

Ai…

Ai…
Que vontade de voltar a ser o que era, o espelho cospe-me uma imagem que tanto me faz rir como chorar.
Nem sempre foi assim…
Nem sempre fui este homem de traços duros, e pele gasta.
Era belo, aliás, ainda é possível encontrar em mim alguma beleza. Era esclarecido, vivia de peito aberto, amava-te tanto…
Hoje amo-te ainda mais, afinal 50 anos já são alguma coisa, mas já não sou aquele miúdo que te roubava ao mundo, tu linda sorrias, deixavas-te ir! Então eu amava-te uma vez e depois outra e às vezes ainda outra, vibrávamos os dois, afinal, éramos só um…
Obrigado por ainda continuares a meu lado, já choramos tanto os dois…
Acredita meu amor, venero-te, és a minha vida!
Perdoa-me por ter envelhecido, mas acredita, desde que te vi que és minha dona.
Beijo.

terça-feira, setembro 12, 2006

África

Um enorme cansaço é dono de mim. Os meus pés duros e tristes caminharam noite inteira.
Descalço, durante horas fui árvore, não fui mais que isso, uma árvore que anda, que anda sem parar.
A dor caminhava comigo, claro que sim. Mas o que é a dor para mim, não é nada!
O que é a dor de caminhar, para um homem que não vê o seu filho comer há três dias. Ele é tudo o que eu sou, carregarei o meu filho para lá da montanha.
Pode chover, até que a terra seja mar, pode fazer sol e tudo derreter, ainda assim com a força de mil leões, o meu filho verá o doutor.
Nunca fui nada nesta vida, mas sou Rei todos os dias, quando ele me beija.

domingo, setembro 10, 2006

Chuva.

Sou viciado, sei que sou. Por vezes diverte-me este estado de ausência, este estado semilouco, mas ele dura tão pouco, é tão perfeito, tão breve.
Navegava dentro de mim como de costume, o mundo era para mim um misto de cores estranhas, acho que cambaleava quando te vi.
Estavas suja, o teu vestido branco estava completamente negro no fundo, que lindo sorriso!
Rias-te de mim com os teus dentes brancos, estavas sozinha, divertias-te com a forma desconjugada com que eu me deslocava, chovia!
Disse-te tristemente, que há mais de sete anos, todos os dias, me deslocava assim para casa. Então tu, rebentaste num riso descontrolado que durou muito, eu chorei uma lágrima que a chuva levou.
Pensei no passado, pensei na vida, sou um fraco andarilho numa rua de Lisboa, tu és luz, és alegria, és prazer…
Disse-te que eras linda, que eras perfeita, que por ti nasceria outra vez, que por ti não seria mais sombra, disse-te que a meu lado serias a mulher mais feliz!
Tu sorriste ligeiramente, aproximaste-te da minha boca, disseste baixinho, - “Desculpa, mas metes-me nojo.”
Sorri.

sábado, setembro 09, 2006

Sei-o tão bem!

Bebe comigo deste vinho, mesmo não gostando…
Dança comigo esta música, mesmo não sabendo…
Agora fode-me, mesmo eu não querendo…
Viola-me intensamente, penetra-me, mesmo sabendo que não me desejas…
És meu escravo, fico sempre molhada, cada vez que te obrigo a penetrares-me…
Que tesão me dás! O teu membro grosso, belo e delicioso, chupava-o o dia todo se pudesse.
Sangro-te as costas, tu mereces! Gemes agora, enquanto te esvazias dentro de mim, és belo nos teus vinte e cinco anos.
Depois de hoje, não quero mais voltar a ver-te, sei-o tão bem!

Danço...

Danço por campos de papoilas. Nua, sou mais feliz, sou mais eu.
Mil músicas tocam em mim, danço ao sabor de todas elas.
Sou feliz! Sou tão feliz, meu Deus como é possível…
Caminho descalça pela erva, aquele friozinho, é a minha companhia.
Vou sem pressa, vou sem destino, que bela caminhada!
A vida não é nada para mim, eu não sou nada, vivo por viver, não quero destacar-me, sou apenas mais uma formiguinha, sou apenas alguém no meio de milhões, como é bom respirar!
Aqui estou mundo, ama-me! Dança comigo, faz amor comigo, mostra-te, quero ver tudo o que tens para me dar, quero ser tua amante para sempre.
Quero fundir-me contigo, quero morrer um dia com este sorriso nos lábios, embrulhada em ti.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Tu sabes...

Tristeza, és perversamente bela, tu sabes…
Em ultimo reduto, estás sempre lá.
Companheira, amiga, mas cruel, estás sempre lá
Odeio-te, mas tu nunca me enganas.
Também tu és infeliz, fazes-me rir…
És bela e infeliz como eu, tu sabes.
Sei que não prestas, mas admiro a tua pureza
Sei que não me amas, mas não te sou indiferente
Sei que queres partir, mas eu obrigo-te mais uma vez a ficar!

segunda-feira, setembro 04, 2006

Sábado

Estava cansado, atirei a minha aliança para o cinzeiro. Finalmente tinha acabado! Fumava tranquilamente, lá fora chovia, o meu chorão, (única arvore que plantei em toda a vida), vergava-se a um vento imponente e demolidor.
Eram quatro da tarde, os filhos do meu vizinho indiferentes ao terrível clima, jogavam futebol gritando constantemente, via-os da minha janela.
Respirei fundo, não estava feliz, embora não soubesse porque. Já tinha bebido uma garrafa de vinho sozinho, todo o meu pensamento estava toldado, sabia-o bem.
Apetecia-me gritar, sair lá para fora nú e gritar! Desafiar o tempo, desafiar os deuses, cuspir nas pessoas, violar mulheres, bater em homens mais fracos que eu.
No entanto nada disso fazia, apenas me embriagava como qualquer paspalho de classe média. Também sabia que não era correcto praticar tais acções, sabia bem que jamais teria coragem para realizar tais inventos, não era da minha natureza ser violento, no entanto esta revolta assaltava-me neste estúpido e solitário sábado à tarde.
A ideia varreu-me o espírito como um relâmpago.
Sem pensar, agarrei o telefone, acertei o preso (cento e cinquenta euros), passado uma hora ela já tocava a campainha.
Sorriu quando lhe abri a porta, fantástica, morena, calçava como mandava a praxe uns horríveis sapatos pretos de salto alto. Lábios perfeitos, grossos, lançaram um sorriso de profissional. Ela ia falar, interrompi-a imediatamente, perguntei-lhe antes que falasse alguma coisa, se teria coragem de atirar os sapatos porta fora.
Sensualmente ela mordeu por momentos o lábio superior, em seguida atirou violentamente os sapatos quase acertando nos miúdos.
Encostou-se imediatamente ao balcão do bar da minha sala, de costas para mim deixou cair uma curta saia ao xadrez, um rabo pequeno mas empinado prendeu o meu olhar, um fio dental cor-de-rosa separava duas nádegas convidativas.
O seu cabelo negro e liso estava apanhado, o rabo-de-cavalo que formava estava preso por um pequeno elástico da cor das cuecas.
Sentia-me a enlouquecer, avancei louco, sem demoras agarrei-lhe o cabelo, forçando-a a encostar a boca no balcão. Resistiu a vergar-se, obriguei-a com violência, dobrou-se sobre si mesma lançando-me as únicas cinco palavras que lhe ouvi.
Quero sentir-te no meu rabo! Disse baixinho.
Ao ouvir isto larguei-a, virei costas e vim sentar-me no sofá, disse-lhe calmamente sorrindo, que quem mandava ali era eu e que não queria que mais abrisse a boca.
De imediato tirou as cuecas, meteu-as na boca, tirou a parte de cima de onde saltaram duas maminhas pequenas e rijas.
Do fundo da minha sala, sentado, ao ver aquela miúda gatinhar para mim de olhos cravados no meu sexo, não pude deixar de pensar como era solitário. Mas logo em seguida pensei que a ia devorar, ela tirou-me as calças e acolheu-me na sua boca, que quente estava!
Escoria-lhe saliva pela boca enquanto chupava lentamente o meu pénis, passados alguns minutos já ambos corríamos a alta velocidade, ela parecia estar a tirar tanto gozo do sexo oral como eu. Devíamos ter praticamente a mesma idade, não devia estar habituada a clientes tão novos.
Não aguentei mais, procurei retirar o meu membro, ela ao aperceber-se do meu acto agarrou-me pela cintura, cravou as unhas no meu rabo e abocanhou-me com força.
Ejaculei! Quente a boca dela acolheu todo o meu sémen, só quando sentiu que tinham terminado todas as minhas convulsões retirou a sua boca, sorriu para mim.
Engoliu tudo na minha frente, vestiu-se, apanhou a minha aliança e saiu porta fora. Deixei-a ir…